Ex-ministro da Saúde é a oitava testemunha a ser ouvida pelos senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito. Na oportunidade o Renan Calheiro (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia questionou sobre possíveis interferências do presidente Jair Bolsonaro na compra das vacinas e sobre uso de cloroquina.
Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento nesta quarta-feira (19/05) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado Federal. Atuou como Ministro interino de setembro de 2020 a março de 2021, Pazuello é o oitavo depoente na CPI da pandemia e, assim como os demais, fala na condição de testemunha.
Originalmente, o depoimento de Pazuello estava marcado para 5 de maio, sucessor de Nelson Teich e antecessor de Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde, mas acabou transferido para esta quarta depois que o general da ativa do Exército Brasileiro afirmou ter contato com duas pessoas que testaram positivo para a Covid-19.
Pazuello está sendo questionado sobre diversos temas a respeito da gestão no Ministério da Saúde. A demora na compra de vacinas contra o coronavírus, o investimento em remédios como a cloroquina, sem eficácia comprovada contra a COVID-19, a defesa e divulgação do tratamento precoce contra o vírus, também sem comprovação científica, as inúmeras mortes que ocorreram em Manaus, por falta de oxigênio e se ele recebia ordens do presidente Bolsonaro para indicar cloroquina e não adquirir vacinas, são alguns deles.
Pazuello poderá ficar em silêncio durante depoimento sempre que entender que as perguntas têm potencial de produzir provas contra si mesmo, o que não é permitido na Constituição Federal. A medida foi possível após concessão de habeas corpus por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
A CPI da COVID, instalada no Senado em 27 de abril deste ano, apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios. Os depoimentos tiveram início em 4 de maio, com Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde.
Já foram ouvidos Nelson Teich, sucessor de Mandetta no cargo, Marcelo Queiroga , atual ministro da Saúde. No dia 11 de maio, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres depôs e hoje o Luiz Henrique Mandetta.
Fabio Wajngarten ex-secretário de Comunicação do governo federal, também foi ouvido pelos senadores na última quarta-feira (12/5), seguido de Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer no Brasil e atual presidente regional da empresa na América Latina. O boliviano prestou depoimento à CPI na quinta-feira (13/5) da semana passada.
Nesta semana, a CPI deu início às oitivas com o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, nessa terça-feira (18/5). Veja, abaixo, a agenda completa da CPI da COVID:
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