A cantora Célia Valadão está no centro de uma polêmica em Trindade após gravar a canção “Romaria” sem a autorização do compositor original, Walter José. A música, lançada em 1979, é uma das mais queridas pelos romeiros que visitam o Santuário Basílica em Trindade
Em entrevista exclusiva, Walter José, conhecido como Waltinho, revelou que se sente muito mal com a falta de respeito e consideração por parte da cantora e dos padres responsáveis pela Romaria de Trindade. “Dediquei a minha vida a esta devoção e à Igreja. Todas as vezes me ligavam para pedir autorização para gravar a música e clipes. Infelizmente, talvez pela minha idade, agora estão fazendo as coisas sem o meu consentimento”, disse Waltinho.
O compositor afirmou não foi consultado sobre a gravação do clipe ou música e que apenas descobriu sobre a gravação quando passou pela praça do Santuário e viu a filmagem do clipe. “Os padres disseram que iriam resolver e colocar outra pessoa para gravar. Mas, espantosamente, fomos surpreendidos com o clipe da Célia ontem, sem autorização”, revelou.
“A Célia sabe que não tem autorização para gravar esta música. Antigamente, quando vender CD tinha valor, ela gravou e procurei um advogado para processá-la, mas os padres Jesus Flores e Ângelo Licatti, meus amigos, pediram para não entrarmos com o processo e ficou acordado que ela nunca mais gravaria a música. Mas agora ela gravou sabendo que não estava autorizada”, afirmou.
Waltinho também criticou a atitude dos padres responsáveis pela Romaria de Trindade, que, segundo ele, desrespeitaram sua história e não pediram autorização para a gravação. “Eu sempre respeitei e fui amigo dos padres de Trindade. Eles sempre respeitaram a minha história. Mas infelizmente desrespeitaram ontem”, disse.
O compositor afirmou que vai entrar com processo judicial para pedir uma liminar e exigir que a cantora e os padres respeitem sua autorização. “Vamos entrar com processo judicial. Já estamos organizando isso para pedir uma liminar já na segunda-feira”, disse.
Em um apelo final, Waltinho pediu que as pessoas respeitem sua história e sua dedicação à Romaria de Trindade. “Sou autor da música, mas ela é do Pai Eterno. Sempre deixei isso claro. A única coisa que peço é o mínimo de consideração e respeito com a minha história”, disse.
O Comunica Goiás tenta contato com os citados. O espaço está aberto para livre manifestação.
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