O prefeito Trindadense e o secretário municipal de Meio Ambiente, Roberto Badur, convidaram a secretária estadual do Meio Ambiente, Andrea Vulcanis, para, nesta terça-feira, 15/03, às 14h, conhecer o modelo de cooperação entre Trindade, Goianira, Santa Bárbara, Avelinópolis e Campestre de Goiás, envolvendo o Aterro Sanitário trindadense.
A cooperação envolve a destinação dos resíduos sólidos orgânicos da coleta residencial das quatro cidades para o aterro de Trindade, que já está licenciado pela Secretaria estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), onde Andrea Vulcanis é a titular. Além dela, foram convidados os prefeitos das cidades envolvidas.
Roberto Badur observa que a cooperação entre os municípios é um avanço. “É uma solução que pode ser replicada no Estado como alternativa ao problema dos resíduos sólidos de várias cidades”, afiança. O motivo, explica ele, é que os municípios menores não têm solução para a deposição dos seus resíduos, incorrendo em dano e crime ambiental.
No caso de Trindade, esta saída veio através de lei proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo. O modelo de cooperação permite que as cidades da cooperação enviem seus resíduos para um aterro sanitário controlado, como é o caso da unidade de Trindade, e com isso obtenham preservado o meio ambiente na região.
Segundo Badur, a participação da Semad é fundamental para validar o modelo de convênio e também para que ele seja replicado.
O aterro sanitário de Trindade envolveu investimento de R$ 2,5 milhões de recursos oriundos da Prefeitura de Trindade e do Governo Federal. O projeto revitalizou a área e transformou o lixão novamente em aterro. Por determinação do prefeito Marden Júnior, a reestruturação fez com que o aterro ganhasse maior longevidade.
Dados técnicos do aterro
Ocupando uma área de 45 hectares, o Aterro Sanitário Municipal de Trindade tem capacidade útil estimada em 25 anos se forem aplicadas as técnicas de manejo implícitas no projeto de reestruturação. O depósito é dividido em trincheiras.
A trincheira 1 está com sua capacidade esgotada. A trincheira 2, recém-aberta, vai ser manejada para passar da média de 4 anos de vida útil para a de 8 anos. Ela receberá somente lixo doméstico produzido pelos trindadenses.
Foi colocada uma manta de impermeabilização na trincheira 2 e na lagoa 2, com a colocação de sistema de drenagem pluvial, de percolado e gases do aterro sanitário.
A impermeabilização evita a contaminação do ambiente e das águas subterrâneas pelo chorume resultante da decomposição dos resíduos orgânicos. Apenas essa trincheira tem 110 metros de cumprimento por 100 metros de largura (1 hectare).
Uma trincheira 3 está sendo escavada e ela será destinada aos chamados materiais inertes, como os entulhos de construção, por exemplo. Para dar ainda mais racionalidade, será implantado um sistema de trituração dos resíduos.
O projeto do aterro envolve também uma usina de reciclagem do lixo coletado (favorecendo catadores), além de trituradores para moagem de material de construção e para moagem de galhos de árvore, todos resíduos reaproveitáveis.
Por fim, com foco em captação de créditos de carbono, também terá uma miniusina fotovoltaica para gerar 5mw utilizando a área da trincheira 1 para abrigar as placas solares.
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